quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ninguém diga que está bem

Na tentativa de poupar algum dinheiro optei, desta vez, por um hotel de 4 estrelas. 4 estrelas no Barém, com pequeno almoço incluído, são 100 euros, sem tirar nem pôr. Sem tirar nem pôr mesmo! O problema é que para além do quarto parecer arrumado e limpo tudo o resto tem aspecto de pensão estrelinha em Portugal. Se o arrependimento matasse estaria morto de morto neste momento.
Bem, não satisfeito com todos os movimentos duvidosos nos elevadores, como se houvesse dúvidas - o entrar de prostitutas era ali tão límpido como a água dos Pisões, ou vá lá, da Penha, decidi subir ao 7 andar onde nos cartazes aparecia, para além de um bar, como as mentes, iluminado, umas mulheres esbeltas da Rússia (tão limpinho como a água, também... Ver imagens). Ao entrar no bar deparo-me com um cenário que ainda hoje não consigo entender: uma música horrível e meia dúzia de gajas balofas num palco balofo por efeitos de encosto, de cabelos pretos, compridos, e uma sala repleta de gajos com aspecto de gosme, gordos "comá" m#rda, vestidos de branco, com a tradicional tolha com padrões italianos pela cabeça, a fazerem não sei bem o quê, bêbados, como a putassa. No dia em que o vinho for permitido estes bofes entrarão na 3ª guerra mundial.
Os balofos ofereciam colares de flores às balofas. As balofas do palco falavam palavras que eu não conseguia entender para os balofos das mesas. A música continuava alta e sem sentido. Mais um erro dos meus, este de casting!
Desço ao terceiro andar e entro no meu quarto, sempre com o mesmo receio de que o meu computador tenha sido gamado. Não foi gamado, de outra forma não estaria aqui a escrever a estas horas da madrugada observando o movimento duvidoso dos elevadores. Verifico se o cartão de crédito de reserva está no sítio, dentro de uma caixa de aspirinas. Está. Vi esta cena num filme de Hollywood. Para nunca ficar descalço nunca ando com todos os cartões na mesma carteira.
No bar, continuam a oferecer colares de flores às gordas do palco. Deveriam ser proibidos todos os espectáculos deste nível. É que não há objectivo predefinido. Pelo menos eu não o identifiquei.
Volto ao meu quarto. Preciso de dormir e esquecer as figurinhas como quem precisa de respirar. Claro, estou assim, digamos, fodidinho da silva, porque me cobraram 10 dinares de entrada (20 euros). Valeu por uma coisa: Tenho a certeza de que detesto cada vez mais o perfume da dolce e gabanna. Estes gajos devem bebê-lo a todas as refeições.
Boa noite.

6 comentários:

jacklyn disse...

Tudo é relativo não sabias? Aquelas mulheres balofas e aquele ambiente de bar que mais parece saído de um filme de Kusturica podem muito bem ser para aqueles homens o equivalente ao que as putas sofisticadas de Amsterdão e os bares elitistas de Nova Iorque representam para ti, por exemplo. Sim, por exemplo, porque eu não sei se tu vais às putas em Amsterdão. Mas se fores, não diminuis na minha consideração, fica sossegado ;-) Elas são bem bonitas e bem boas, quem dera a muitas.

Kid A disse...

Ah ah ah.
Não... mas estou a pensar seriamente e arranjar um part-time. Aquilo deve dar dinheiro.

jacklyn disse...

"Não..."

Não sabias que tudo é relativo?

Ou

Não vais às putas em Amsterdão?

"Aquilo deve dar dinheiro"

Ter um bar saído de um filme de Kusturica?

Ou

Ser puta em Amsterdão?

A sério... fiquei baralhada. Lol

Kid A disse...

Não. Não pago para esses ter esses serviços. Como já devias saber, um dia quando a circunstância me obrigar a pagar, compro um porshe que deve ajudar ao efeito.

Sim. Sabia isso do relativo. Nenhuma coisa é razão absoluta de coisa alguma, como digo no meu blog.

Sim o bar era mais surrealista que um filme do Kusturica (quem é esse gajo? ;-) ).

O mercado em amesterdão deve ter uma concorrência lixada. Acho que escolheria outro poiso com rendimento mais certo.

:-)

jacklyn disse...

Ok, ok, tudo devidamente esclarecido. Lol.

Fico sempre admirada com a quase ofensa que alguns homens adoptam quando confrontados com a cena de ir às putas. Não percebo onde é que está o problema, até parece que é uma coisa do outro mundo, mas pronto.

O Kusturica, como já devias saber, é o brilhante realizador de, entre outros magníficos filmes, Gato Preto Gato Branco.

(viste como resisti à piadola fácil: e quê? e vais ao cu ao porshe?)

Kid A disse...

ahahahahhahaahahhahahahahahah!!!!!