Em primeiro lugar, os parabéns à Junta de Freguesia de
Sta. Eufémia e às outras Juntas que se associaram. A abertura de sessões de
esclarecimento às populações são a concretização da democracia na freguesia, no
concelho e no país.
O traçado da via de acesso ao Avepark, tal como está
desenhado, só encontra justificação em duas possíveis circunstâncias:
1. O arquitecto que desenhou aquele traçado estava, com
certeza, num estado alterado de consciência! Aligeirando para português
corrente, estava bêbado ou pedrado de uma droga leve (leve para despenalizar).
Uma vez que, estamos certos, os membros da nossa Câmara
Municipal (CM) de Guimarães (CMG) só bebem às refeições e a única droga que
devem tomar será o Xanax para conseguirem dormir algumas horas sem o tormento dos
terríficos pesadelos trazidos pelo breu da noite, consideramos esta hipótese muito
pouco provável.
2. Aquele traçado enviesado com uma só entrada e uma só saída,
dedicado, como eles lhe chamam, não sendo justificado pela alteração da
consciência de quem o desenhou, foi definitivamente aliciado a que assim fosse
pelas luvas de empreiteiros que pediram o favor de o fazer passar em zonas que
requeressem, tanto quanto possível, pontes, viadutos, túneis, etc. Atenção que
não falamos de empreiteiros quaisquer pois as obras públicas requerem licenças
especiais, como especiais têm que ser as entidades que tenham que lidar com
este serviço público, neste caso com a nossa CMG. Também aqui achamos pouco provável que assim tivesse
sido, uma vez que consideramos que os membros daquela entidade (CMG) não se
deixam ameaçar nem manipular por interesses mais obscuros.
Assim, e não se encontrando justificação plausível para
aquele desenho que na sala se apresentava, foi pedido esclarecimento a um
membro da nossa CMG que naquela altura decidiu falar como cidadão, ou, se
estivéssemos no meio das nossas autoridades policiais, decidiu vestir “à paisana”. O problema daquele intervenção é que ali se falou como cidadão com tiques de vereador, pior, com truques de
político. Pondo de lado a indecisão no fato a vestir, todos naquela sala esperávamos
que quando se fala como cidadão se falasse a sério, para pessoas sérias,
formadas e informadas e em português claro. Mas não. Tentar convencer a
assembleia de que nada havia de concreto, de que não havia projecto, de que não
havia traçado, de que as prospecções se fizeram apenas porque se fizeram é de
um descaramento de bradar a todos os céus.
Até lá, até se bradar a todos os céus, valemo-nos do
abaixo assinado bem formalizado pela nossa Junta. Assim a nossa CMG já sabe: Antes
de construir o projecto, o traçado, a nova prospecção, etc, tenham em absoluta atenção
que em Sta. Eufémia não precisamos de mais estradas para mantermos durante
longos anos com os nossos impostos e dos que ainda estão para vir. Precisamos
de decisões razoáveis e obras sustentáveis.
No que
a mim me toca, pensei que todos tínhamos aprendido com os elefantes brancos
construídos durante a capital europeia da cultura. Parece que não... estamos
ainda piores.