sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Povo Português II

Depois de me aperceber dos calhau caídos de marte que em portugal vagueiam, decidi vir-me embora de tão movimentada discoteca. Houve um amigo com menos álcool no sangue que eu que me cravou uma boleia. Chego ao carro e encontro um papel no meu vido a dizer: O carro XX-XX-00 (tenho a matrícula do carro) bateu na porta do teu carro. A porta do meu carro está completamente metida dentro. Nem a consigo abrir. Amanhã, de manhã, vou à polícia apresentar queixa contra o dono do carro com a matrícula escrita num papel de discoteca.
Acabo por estar contente. O meu carro estava mesmo a precisar de levar uma geral. Eu estava a precisar de gastar algum dinheiro para pagar menos de impostos, esse mecanismo que mantém a tropilha portuguesa do estado a dormitar. Se isto por um lado me deixou contente, por outro, encontrei, numa porta metida dentro, mais uma característica do ser português. O povo português bate e foge. Empurram os outros à bala. Ainda está para nascer um português que tenha os tomates no sítio para dizer: Olha, sou muito mau a conduzir, bati no teu carro, aqui tens o número para me contactares e para resolvermos isto com o menos custo possível para ambas as partes. Este povo irresponsável repete-se tristemente como a peste em cada criança que nasce. Não é povo, é uma raça animal sem raça.
Quando visito algum país em que vejo algumas realidades que me impressionam, costumo perguntar a quem me acompanha: Temos destes animais em Portugal? Quem me acompanha já me conhece a sentença e responde: Animais temos mas não como estes.
A bestialidade do povo português aumenta um grau em cada geração que por cá passa.

(amanhã conto-vos como correu na polícia. Adoro a vida feita deste pequenos transtornos).

3 comentários:

Luísa disse...

Muito mau mesmo...
Até tenho pena de ti ;-)

jacklyn disse...

És mesmo um gajo cheio de sorte, já viste? Em que outro sítio do mundo alguém se daria ao trabalho de tomar nota da matrícula do carro que te estuporou a porta e deixar-te o papel no teu carro? Ora pensa nisso se fazes favor. Tens é uma sorte do caralho! Não te queixes dos portugueses que com todos os seus defeitos têm algumas qualidades dificílimas de encontrar noutros povos ditos "mais" civilizados.

Kid A disse...

Não poderia estar mais de acordo. Mas eu ainda não terminei a caracterização do povo português. Se há povo que surpreende, pela positiva e pela negativa, é o Português. E está muito bem assim... o que o povo não pode é passar incógnito pela vida.
Por exemplo, o pai do senhor que me rebentou com a porta do carro, sim porque acabei por o encontrar (santa alma que me deixou a matrícula escrita num papel de discoteca), é uma pessoa com uma educação formidável. Por isso, posso dizer que há pessoas que batem e fogem, outras não.
Para terminar, sou um gajo com muita sorte em tudo. Só não me sai o euromilhões porque não jogo.