Mais conhecida como Kate Austen na série Lost, Angeline Lilly dispõe uma beleza que dispensa qualquer make up (?). Aliás, é tão natural a sua beleza que, ficando bem de qualquer forma, torna-se uma diva quando se nos apresenta no seu estilo maria rapaz.
segunda-feira, 20 de junho de 2011
domingo, 19 de junho de 2011
Quem escorrega também cai
Quem caiu também escorregou
Mogwai - Yes, I am a ling way from home
Há provérbios e provérbios, como há ditos e ditos, uns válidos e comprovados pela experiência e outros onde a validade é dúbia ou, no mínimo, discutível. Ora o quem “escorrega também cai” era um dos ditos que eu considerava pouco aplicável à realidade. Quem escorrega, dizia, pode ainda assim não cair.
Acabo de me certificar que cheguei há muito à idade em que quem escorrega cai, definitivamente. Será que os provérbios têm um aplicação por escalões etários? do tipo, até ao 35 anos quem escorrega pode ainda assim não cair, depois dos 35 quem escorrega também cai, será? sei lá!
Eu acho que é como digo.
Faz 3 semanas que escorreguei e caí duas vezes seguidas enquanto preparava uma, como na minha terra se diz, frangalhada para os amigos. Para além de o facto de as escorregadelas serem de uma forma tal – forma tal para a minha idade - que não pude evitar cair, ao contrário do que me acontecia nos tempos em que a minha condição me dava uma agilidade que me permitia evitar o tombo mesmo a 5 centímetros de chegar ao chão, constatei ainda outro facto que me permite afirmar que cheguei à idade em que “quem caiu também escorregou”, uma bela forma de dizer que nesta idade não nos podemos dar ao luxo de cair por cair ou cair pelo sabor da experiência. Cheguei à idade em que “quem caiu também escorregou” ou à idade em que não se nos é permitido cair.
Quando se tem 15 anos, aparecer a coxear na frente dos amigos e amigas é um sinal de valentia. Aí as mazelas provocadas por uma queda são estimadas, cultivadas, fingidas e prolongadas até ao ponto em que os outros nos continuam a olhar como quem olha um rebelde, um herói, um guerreiro acabado de conquistar a guerra. É esse olhar de fascínio dos outros que faz com que as escorregadelas possam ser com ou sem queda, sobre o nosso desígnio e controlo. Somos uma espécie de pequenos deuses das escorregadelas. O mundo e a natureza aí são perfeitos, caímos e levantamos tantas vezes quantas nos der na gana. Recuperar de um entorse faz-se em menos de um dia, com ou sem gelo, com ou sem erodoide(?), o corpo facilmente se transforma de uma máquina de força e agilidade numa fábrica de produção de antinflamatórios. É deslumbrante e belo.
Quando se chega à minha idade, uma pequena queda provoca o maior dos danos. Os seguros de saúde e acidentes pessoais passam a fazer todo o sentido, e deviam ser mais caros e obrigatórios. Primeiro, é limpinho que “quem escorrega também cai”, segundo, à “primeira quem quer cai à segunda só cai quem quer” passa a ser uma máxima claramente falsa, terceiro, o “levanta-te e anda” da época de Jesus passa a ser completamente impossível na idade dos que não podem sequer escorregar. E isto passa a ser válido para todos os aspectos da nossa vida, dos mais físicos aos mais espirituais.
Se aparecemos a coxear os olhares de quem não nos conhece passam a transmitir um sentimento que nada tem a ver com fascínio. Quando aos 15 nos sentimos os heróis, depois dos 35 passamos a sentirmo-nos deficientes, manquinhos, coitadinhos. Enquanto aos 15 se cura um entorse em menos de 24 horas, depois dos 35 pode levar meses a curar, pior, para não forçarmos a dor acabamos por magoar todas as outras articulações. É uma bola de neve. Comigo começou com um pequeno entorse que logo passou a dores fortes no joelho, as dores na anca vieram logo a seguir e as costas já começaram as manifestações de desconforto. Quando se escorrega depois dos 35, não há nada a fazer. Parar é o único, demorado e incerto remédio. Fisicamente funciona assim: poucas coisas funcionam, mas há pelo menos ainda a incerteza da recuperação. Na outras áreas é trinta vezes pior, a certeza de que jamais nos levantamos é muito maior. Eu, que afirmo que a calma e a certeza são os sinais mais importantes de que a morte está perto, detesto as escorregadelas, porque me dão a certeza da queda e me lembram cada vez mais as dificuldades de me levantar.
Há provérbios e provérbios, como há ditos e ditos, uns válidos e comprovados pela experiência e outros onde a validade é dúbia ou, no mínimo, discutível. Ora o quem “escorrega também cai” era um dos ditos que eu considerava pouco aplicável à realidade. Quem escorrega, dizia, pode ainda assim não cair.
Acabo de me certificar que cheguei há muito à idade em que quem escorrega cai, definitivamente. Será que os provérbios têm um aplicação por escalões etários? do tipo, até ao 35 anos quem escorrega pode ainda assim não cair, depois dos 35 quem escorrega também cai, será? sei lá!
Eu acho que é como digo.
Faz 3 semanas que escorreguei e caí duas vezes seguidas enquanto preparava uma, como na minha terra se diz, frangalhada para os amigos. Para além de o facto de as escorregadelas serem de uma forma tal – forma tal para a minha idade - que não pude evitar cair, ao contrário do que me acontecia nos tempos em que a minha condição me dava uma agilidade que me permitia evitar o tombo mesmo a 5 centímetros de chegar ao chão, constatei ainda outro facto que me permite afirmar que cheguei à idade em que “quem caiu também escorregou”, uma bela forma de dizer que nesta idade não nos podemos dar ao luxo de cair por cair ou cair pelo sabor da experiência. Cheguei à idade em que “quem caiu também escorregou” ou à idade em que não se nos é permitido cair.
Quando se tem 15 anos, aparecer a coxear na frente dos amigos e amigas é um sinal de valentia. Aí as mazelas provocadas por uma queda são estimadas, cultivadas, fingidas e prolongadas até ao ponto em que os outros nos continuam a olhar como quem olha um rebelde, um herói, um guerreiro acabado de conquistar a guerra. É esse olhar de fascínio dos outros que faz com que as escorregadelas possam ser com ou sem queda, sobre o nosso desígnio e controlo. Somos uma espécie de pequenos deuses das escorregadelas. O mundo e a natureza aí são perfeitos, caímos e levantamos tantas vezes quantas nos der na gana. Recuperar de um entorse faz-se em menos de um dia, com ou sem gelo, com ou sem erodoide(?), o corpo facilmente se transforma de uma máquina de força e agilidade numa fábrica de produção de antinflamatórios. É deslumbrante e belo.
Quando se chega à minha idade, uma pequena queda provoca o maior dos danos. Os seguros de saúde e acidentes pessoais passam a fazer todo o sentido, e deviam ser mais caros e obrigatórios. Primeiro, é limpinho que “quem escorrega também cai”, segundo, à “primeira quem quer cai à segunda só cai quem quer” passa a ser uma máxima claramente falsa, terceiro, o “levanta-te e anda” da época de Jesus passa a ser completamente impossível na idade dos que não podem sequer escorregar. E isto passa a ser válido para todos os aspectos da nossa vida, dos mais físicos aos mais espirituais.
Se aparecemos a coxear os olhares de quem não nos conhece passam a transmitir um sentimento que nada tem a ver com fascínio. Quando aos 15 nos sentimos os heróis, depois dos 35 passamos a sentirmo-nos deficientes, manquinhos, coitadinhos. Enquanto aos 15 se cura um entorse em menos de 24 horas, depois dos 35 pode levar meses a curar, pior, para não forçarmos a dor acabamos por magoar todas as outras articulações. É uma bola de neve. Comigo começou com um pequeno entorse que logo passou a dores fortes no joelho, as dores na anca vieram logo a seguir e as costas já começaram as manifestações de desconforto. Quando se escorrega depois dos 35, não há nada a fazer. Parar é o único, demorado e incerto remédio. Fisicamente funciona assim: poucas coisas funcionam, mas há pelo menos ainda a incerteza da recuperação. Na outras áreas é trinta vezes pior, a certeza de que jamais nos levantamos é muito maior. Eu, que afirmo que a calma e a certeza são os sinais mais importantes de que a morte está perto, detesto as escorregadelas, porque me dão a certeza da queda e me lembram cada vez mais as dificuldades de me levantar.
terça-feira, 14 de junho de 2011
Primeiro estranha-se depois entranha-se
Olivia Wilde
Como não vejo o Dr. House (?) desconhecia esta senhora, até que, numa semaninha apenas, tive o prazer de a ver actuar em dois filmes, um que não me recordo do nome (Penso que foi o The next tree days que é um grande filme mas onde ela aparece num papel reduzido), e outro que embora me recorde (TRON Legacy), tirando 1 ou 2 diálogos, não tem ponta por onde se lhe pegue. Mesmo assim não dei o tempo por perdido. Vale a pena ver os filmes pela personagem que, como a coca-cola, primeiro estranha-se e depois entranha-se.
quinta-feira, 9 de junho de 2011
Dubai: Rattel Snake 2
(quase em acordo com o acordo ortográfico)
Não estou surpreendido nem desiludido. Estou conformado, e em paz.
Não tiro nem uma vírgula ao que já aqui disse sobre o Rattel Snake: É um ponto de encontro onde se vende cerveja cara. Mas, agora que já sou considerado cliente habitual da loirinha Heineken, venho aqui fazer um reparo mais que necessário, necessaríssimo, sócio!... é que não conseguiria dormir em paz caso não despendesse de algum tempo a discorrer esta ressalva.
Aquele bar é como uma zona de caça (caça ou caca?) desportiva em que o caçador para além de pagar para entrar tem que negociar com o coelho como este se deve posicionar para levar o tiro. Ora ora ora!, não há nada que me irrite mais do que negociatas, sejam elas de que tipo forem!
Tem a ver com paciência. Eu não a tenho, definitivamente. Assim, acho que a frase “tem haver com paciência” passa a ter que ser considerada como uma frase em português correcto. Em português, correto?
Como estava a dizer, tem a ver com paciência. Um caçador entra na zona de “caca desportiva” para dar uns tiros, fazer movimentos rápidos, caminhar atrás das presas, jogar às escondidas com os arbustos, correr, fazer jogos de cintura que estremecem as mais superficiais hérnias, expelir adrenalina, expurgar suor e frustração, libertar gases, desviar os slipes do rego com movimentos de anca enquanto se tira retira e recalca o macaco do nariz com o dedo mais mindinho, coçar a virilha, e começar a corrida de novo, para o arbusto seguinte, não mais que duas vezes seguidas que a marmita atempadamente preparada pela senhora no dia anterior já está esquentar. Ora, agora imaginem que chega um caçador ao recinto e tem que estar ali a ouvir o coelho a dissertar sobre as leis da caça?! E é que eles não se limitam a palrear sobre como está o tempo e o estado do mar, vão mais longe, irritantemente mais longe, elogiam sem propriedade as artes do caçador, exageram no texto e arriscam no conteúdo, dizem sobre a pontaria da mesma forma que o vidente aponta sobre o futuro, ditos claramente sem nexo, quase que ousam tocar, brincar e explorar a arma com que deviam ser caçados. Isto é um abuso não é? Um abuso em qualquer parte do mundo, quanto mais num recinto de "caca desportiva".
Mas é assim que funcionam todos os vícios. Não existe vício no mundo que não seja a pagar.
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