quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Orçamento Participativo

Ora a CMG instaura um inquérito que "não apura responsabilidades de pessoas ou entidades". Então para que raio se fez o inquérito?! Custa-me muito acreditar, e muito menos entender, que temos um presidente que diz que "os cidadãos que cometeram irregularidades não as cometeram com intenção de dolo, mas pensando estar a liderar um processo de votação numa proposta que queriam muito ver escolhida". Hein?!? Diga lá outra vez! Alguém me troca isto por miúdos? O rei dos gnomos também pensou que estava a liderar um processo de exorcização.


Pois eu, senhor presidente, gostaria/quero/exijo saber quem foram as pessoas, as entidades, os projectos, as máfias organizadas, os xicos espertos que cometeram a irregularidade sem intenção de dolo. Quero saber de que perna do polvo vem tamanha façanha. Quero saber o básico, não só porque também eu submeti um projecto a esse dito orçamento (que não foi aprovado por justificadas razões técnicas) mas porque, como cidadão de Guimarães, tenho o direito de saber em que chão (lamaçal) me movimento. Estamos a falar de 1 milhão de euros dos impostos do povo. Nos Estados Unidos, por esquemas muito menos sofisticados, envolvendo montantes muito menos significantes, há pessoas presas, porque lá os inquéritos são feitos, imagine-se!, para apurar responsabilidades de pessoas ou entidades!



Depois sr. presidente, benzo-me perante a sua pérola conclusiva (reactiva e quase radioactiva), quando diz que no próximo ano o orçamento do cidadão será reduzido para metade, porque... "Andámos depressa demais". O quê?! Não estará o senhor presidente a tirar conclusões e a tomar decisões depressa demais? Que tem o cú a ver com as calças?! Acha o senhor presidente que reduzindo o montante vai dissuadir o polvo de activar os tentáculos para irregularidades sem dolo?! Não seria mais fácil fazer o inquérito e apurar responsabilidades?! Haja paciência que o resto já temos: muito sol e muita sombra neste bananal.

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