sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Diario de una ninfomána

Não gosto de espanhóis porque falam alto como a potassa, nem das espanholas que precisam de espátula para tirarem as bases, não gosto de espanhóis em geral porque chamam Las piedras rolantes aos The rolling stones e Las puertas aos The doors, mas gostei muito do filme Diario de una Ninfomána e muito também de toda a banda sonora. Aqui fica uma grande música.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Tu disseste

Bom dia… altos e baixos, tenho horas.

Ui, que bom! Já viste que estás a viver no mínimo o dobro? A vida é uma linha recta para alguns miseráveis, 80 monótonos anos de linha recta, 0-----------------------80, no entanto há outros que, como tu, se recusam a aceitar os 80 e a patética vida na linha e então forçam esses altos e baixos. Assim, embora temporalmente, aparentemente sejamos correctos, vivam os mesmo 80 anos, de facto vivem no mínimo o dobro se esticarem a linha dos seus 80 anos de altos e baixos, 0vvvvvvvvvvvvvvvvv80, convertendo-a numa linha recta que vai dos 0 ------------------------------------------------------------------------------ aos 80. Sê então feliz pela vida e a natureza te darem essa extraordinária oportunidade de viveres muito mais! Por isso é que, como dizia no outro, I somehow know that certainty is the first sign that death is arriving.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

For once in your life

Courtney Love

And when you’re gone it gets so cold

I swear I’m too young to be this old

So what do I do

I am dying

E com essa voz exausta e orgásmica, mais orgásmica que exausta, ou exausta de orgasmos, múltiplos e simultâneos, porque os outros não exaustam, esse estado de voz que não tem nada a ver com a exaustão mais simples, a de cansaço ou fadiga, mas essa exaustão de plenitude ejaculada em cada palavra cantada… E esse corpo? que emana sexo por cada um dos seus poros, a cada movimento, singular, o movimento, os poros, o sexo, todos eles puros, esse corpo que se esvai na tua voz não para desaparecer mas para reaparecer numa conjugação ainda mais sensual, nada pornográfica, nem a voz, nem o corpo. E, com essa cara que já foi perfeita, tão bonita, tão ingénua e pura? Tinhas que nos apresentar agora um poema destes?! Diz-me que não foste tu que o escreveste ou irás ter-me para sempre a querer ficar under your skin.

Hole

Our love is quicksand

So easy to drown

They steal the gravity, yeah

From moving ground


Remember, you promised me

I'm dying, I'm dying, please

I want to, I need to be

Under your skin

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Trindade

Sim, cada mulher deveria ter direito a dois homens. Sim, dois, ouviste bem! Ora ora, o quê?! Uma relação com dois homens não querendo dizer que partilhassem os 3 a mesma cama, que nisso de partilhas a 3 a natureza ordena que sejam duas mulheres e um homem, mas dois homens para uma relação mais abrangente. Como assim?! Do tipo, teres um homem para as necessidades sexuais e outro homem para as necessidades mais espirituais ou intelectuais. Sim, tu e essas perguntas retóricas... Estás farta de saber que intelectualidade e sexualidade nunca jogaram na mesma área ou pela mesma equipe. Um intelectual nunca poderá ser muito sexual da mesma forma que um homem sexual nunca dará um grande intelectual. Tem a ver com especialização e nem sequer Darwin anteviu isso na sua “A Origem das Espécies”. Assim, cada mulher deveria ter direito ao homem das copulações e ao homem das orações e divagações que em algumas mulheres representam necessidades com interesse idêntico. Não fiques chocada! Não é verdade que algumas mulheres têm tanta necessidade de sexo como de conversa? Não?! Olha, para copulares, arranja um homem que não se prenda muito com pensamentos. Os pensamentos só atrapalham o sexo. Para as digressões intelectuais, arranja um que pense muito, que pense em tudo, terás conversa garantida para o resto da tua vida. O sexo só interrompe e perturba as boas teorias. É a chamada teoria interrompida. As boas teorias forçam um coito interrompido. Quando O COITADO DE um homem tenta fazer o papel hercúleo de assumir as duas áreas, ouve sempre o irremediável “olha, este não fode nem sai de cima”. Oh my god, por favor, “deslarguem-me”!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Eu disse…

Eu disse: Sabes por que, provavelmente, não poderei ficar contigo? Porque somos consciências actuando num mesmo nível, num mesm estrato, sob um mesmo estado ou condição, e, quando assim é, tornasse-nos difícil a convivência.
Tu disseste: Esse é o verdadeiro motivo para estares, e nunca para não estares. O verdadeiro motivo, serás tu a descobri-lo um dia.
Eu disse: O verdadeiro motivo está todo na minha frase anterior. Numa relação tem que haver deslumbramento ou compaixão. Nenhum desses factores essenciais existe em almas do mesmo género. Explico-te talvez um dia.
Tu, não disseste.

domingo, 2 de agosto de 2009

O armazém de Judeus

Os últimos tempos têm sido férteis em experiências novas. Não estou a falar da experiência “dona de casa” porque essa já está a ficar entranhada no meu dia-a-dia, mas noutras áreas de vivência de que não quero para já falar. Vejamos este fim-de-semana (fds), por exemplo, em que como disse deveria estar em Londres e não em Frankfurt, vejamos de que forma foi rico experiências.
Sábado à tarde passei pela experiência de pagar 250 Euros de multa porque estacionei e abandonei o carro de um amigo (que se encontra em Portugal) num local onde, aparentemente, era proibido estacionar. Como se poderá verificar fiquei com o fds estragado, não pelos 250 euros que paguei ao barrigudo do reboque para ele me devolver o carro mas pelo que os mesmos 250 euros poderiam fazer por mim em Frankfurt. Poderia por exemplo comprar uma boa viola e ainda sobraria dinheiro para jantar, ir a uma boa discoteca e beber uns bons copos.
No sábado, não sei porquê, apanhei bastantes pessoas em Frankfurt a falarem num rico português. Enquanto seguia de metro (de superfície), para dar os 250 euros ao barrigudo do reboque, oiço um caralho e um foda-se em bom português, e, para que dúvida não houvesse de que o casal era do norte de Portugal e não uma qualquer dupla de brasileiros a esforçar um calão português, ouvi, quase como quem remata, um “mor”, de amor. Pus as orelhas em riste para tentar captar sobre o que dialogavam, enquanto traduzia no inglês possível para os alemães que me acompanhavam. Eia, fuoda-se mor!, que caralho é aquilo?, dizia ela com grande admiração. Ele, qual professor que ensina com todo o amor as criancinhas, informou, Aquilo é um armazéns onde armazenavam os Judeus na segunda guerra mundial. Quase que me deu uma coisa má quando ouvi tal ensinamento e fiquei a pensar se deveria parar por ali as traduções. O professor continuou com todo o amor, Sabes, aqui foi o maior alocausto (holocausto, idiota, holocausto!) do mundo e os países mais afectados foram a Polónia e a Holanda. Estava 50% certo o erudito professor ao que ela ia retornando a captação dos ensinamentos com fuoda-ses. Eles ali não matavam os judeus, apenas os armazenavam e depois enviavam-nos para os campos de concentração dizia o professor. Mas mor, cum caralho, dizia ela. Tapei os ouvidos pensei quantas vezes 250 euros seriam necessários para educar um casal em fase de crescimento.
No domingo fui ver o Dalai Lama no arena stadium. Uma desilusão. Não conseguiu captar a atenção dos milhares de pessoas que lá estavam. Para além de conhecimento básico sobre consciência e emoção nada mais disse. Provavelmente não tinha mais nada para dizer. Após longos anos, senti-me novamente na missa dominical. E não era o Dalai Lama que fazia a missa dominical, era o fervor estampado em alguns rostos a faziam. Cada vez mais detesto esta sociedade de enfileirados.

sábado, 1 de agosto de 2009

Joana Amaral Dias

Um dia, quando me candidatar à junta de freguesia como trampolim para uma futura candidatura à câmara municipal que antecederá a minha candidatura ao cargo de primeiro-ministro, também convidarei uma Joana Amaral Dias para se juntar ao movimento, não porque ela tenha demonstrado ser possuidora de umas inteligência, perspicácia e sabedoria por aí além, mas porque ela é bonita e jeitosa pra caraças, e, depois, sabe enquadrar muito bem aquela excelência física na sua forma de vestir. Estranha-se o gosto fashion daquela figura que se diz de esquerda. A sua apetência para a concepção têxtil não me interessa particularmente, a mim que, como já referi, sou mais votado ao despir do que ao vestir, mas, estou certo, a Joana será uma preciosa ajuda no enquadramento de alguns cartazes, outdoors, na distribuição de algumas canetas e aventais, na conjugação de algumas das minhas gravatas com outras tantas camisas, na arrumação do meu guarda-roupas, no ajeitar do meu cabelo, no seleccionar dos perfumes mais atractivo nas lojas mais atractivas e caras, no seleccionar das resmas de papel onde lhe ditarei os discursos, na preparação dos pequenos-almoços nos dias impares pois nos dias pares prometer-lhe-ei prepará-los eu, no planeamento de umas férias ou, por que não, feras, para os dias, semanas, meses pós eleição.
Um dia, quando me candidatar à junta de freguesia, convidarei uma cara linda como a da Joana Dias Amaral, nem que para isso tenha que usar de algum dinheiro da campanha… Minto, se for como a Joana, não me importarei de por dinheiro do meu bolso.

Londres

Este fim-de-semana (fds) deveria estar em Londres. Porquê? Para não quebrar a rotina dos meus últimos tempos: Um fds em Portugal; Um fds em Frankfurt; Um fds numa cidade europeia à escolha. Ora, se o penúltimo fds foi em Portugal, se o último foi em Frankfurt, este deveria ser passado em Londres. Verifico resignado que começo a gostar de Frankfurt ao ponto de não viajar para Londres nem para outro lado qualquer. A cidade de Frankfurt esconde loucuras que a própria loucura desconhece. Londres vai ficar para a próxima rodada. Pago eu!

Raio que me parta

Para que se saiba, quando criei este blog, estava indeciso, não sabia se lhe havia de chamar proraioquemeparta.blogspot.com ou proraioquemaparta.blogspot.com. Um "a" no lugar de um "e" pode fazer toda a diferença. Adoro a língua portuguesa. Língua saborosa!

A motivação humana

Por que me elogias o vestido quando afinal queres é ver-me sem ele, disse, com aquele ar de provocação e inteligência, como se tentasse aferir, ainda que grandes escalas não fossem necessárias, o nível em que se encontrava o meu poder de argumentação. Mas há alguma motivação que faça mexer a massa humana, pergunto-vos, para além desta necessidade de despirmos ou sermos despidos? Eu não a encontro porque não existe coisa alguma para além disso.