terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Frankfurt radioactiva

03:30 da manhã. Acabo de chegar a casa com um pouco mais de cubas livres do que me era devido. Para além de um jantar mediano de despedida de um amigo indiano - o próximo jantar será de despedida da minha pessoa, estive num bar cubano, mediano. A menina do bar era uma cubana assim assim que teimava em falar em inglês comigo, como se o espanhol fosse tremendamente difícil.


Chove em Frankfurt após 5 dias a nevar continuamente. Eu gosto da chuva quando a chuva se ouve. Detesto o bate leve levemente, como quem chama por mim, dos flocos de neve. A cidade, com esta chuva que me acompanha neste 20 minutos de caminho do ar indiano para a minha casa, de uma ponta a outra da cidade, tão pequena que ela é! despe-se daquele ar branco radioactivo, os telhados, com ela, voltam à cor normal. Se há coisa que eu gosto nestas cidades brancas de neve como se de cidades fantasmas e radioactivas se tratassem é a parta fantasmagórica das mesmas. Adoro a ausência de pessoas. O mundo deveria ser uma vez por ano, ao menos, totalmente ausente de pessoas. Por isso é que Frankfurt de branco se torna radioactiva e por isso é que eu gosto deste branco de Frankfurt. Parece que ninguém cá vive.

Como já deu para reparar, não estive, como me prometi, com a Anna que em Frankfurt é com dois énes, mas há algo de positivo em tudo isto, visto a Anna ter-me enviado um SMS a dizer que estaria livre para passarmos o serão de terça-feira juntos. Eu, por um lado, porque já tinha o jantar mediano de despedida do indiano marcado, SMSei-lhe dizendo que não poderia estar com ela, e, por outro, acho que faria o mesmo mesmo que não tivesse nada marcado. Porquê? Estratégia. Uma pessoa não pode dar ares de aflito nestas situações. Eu acho que me portei bem. Liguei-lhe ao final da tarde a dizer que não podia. Tive uma conversa interessante onde de assuntos interessantes se falou. Ela, parece-me, gostou. Eu gostei. Portei-me bem. Ela também. Falei-lhe de férias enquanto da linha repleta de bites e bits só imagina o seu sorriso. Her voice is so cute.

1 comentário:

Anónimo disse...

Desculpa mas não resisto.
Ares de aflito? Partes então do princípio que a Anna terá tão pouca auto-estima que possa achar que se passasses o serão com ela seria por estares aflito e agarrares a primeira oportunidade que te aparece à frente? Não abonaria nada em favor dela.
Balhatedeus... Lol
J.