Viajo cada vez menos a cada dia que passa. Dos 120 voos anuais (não sendo eu comissário de bordo), este ano, a média da coisa deve ficar pela sua metade. Muito pouco para quem já só inspira nos aeroportos a observar vultos e movimentos, como quem cataloga pássaros; Muito pouco para quem a criação já só está nesses movimentos incógnitos de entradas e saídas, de esperas e arranques; Quase nada para quem a criatividade está nos sorrisos e franzires de testas oblíquas, nos piscares e nos esbugalhares de olhares efémeros, nos regressos e nas partidas, nos encontros e desencontros, nas empatias e antipatias arbitrárias - ou talvez não, no bom e no mau, no bem e no mal, na vida, na minha vida.
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
Mete dó!
Mete dó ver o primeiro-ministro falar em inglês. Ninguém pode começar apresentação alguma dizendo que vai usar uma linguagem universal para se expressar: “O mau inglês”. Tivesse ele pedido desculpa por ser mau em línguas, como é mau em matemática (falta avaliar a arte), e não precisaria de usar o comum recurso que qualquer orador usa quando perde todos os argumentos: "You know what I meant".
Não sr. primeiro ministro, ninguém sabe o que quis realmente dizer! Desculpe-nos sermos ignorantes a esse ponto.
O inútil
O povo francês, nos dias que correm, é capaz (apenas) de duas coisas: furar filas e fazer greves. É já a terceira vez que por causa das acções (inacções) deste povo nitidamente em decadência, chego atrasado ao Porto, e não são atrasos de algumas horas. Parece que ainda não entenderam que o tempo do seu nariz empinado acabou!
Todos estes problemas com os voos para Portugal e Espanha de origens na Europa central devem-se ao facto de termos que passar sobre Paris, essa cidade laxante – Sempre que oiço o comandante dizer que à nossa esquerda está Paris, não sei porquê, dá-me sempre uma imensa vontade de ir à casa de banho.
Todos estes problemas com os voos para Portugal e Espanha de origens na Europa central devem-se ao facto de termos que passar sobre Paris, essa cidade laxante – Sempre que oiço o comandante dizer que à nossa esquerda está Paris, não sei porquê, dá-me sempre uma imensa vontade de ir à casa de banho.
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