As histórias do Capuchinho Vermelho e da Carochinha mais o seu João Ratão
são as coisas mais horríveis que podem ser contadas a uma criança. Ambas são a
prova de um distúrbio mental globalizado, um erro que acabou por vingar na
evolução por tentativa erro desta nossa sociedade, como uma má formação pode
vingar na história da seleção natural.
Por exemplo, no capuchinho vermelho, pior do que o seu começo, onde o
coitado do lobo mau tem de comer uma avozinha, está o desfecho da aberrante
curta metragem, em que o caçador não só mata o lobo como lhe abre a barriga,
qual Jack... o estripador, tira a avó e a capuchinho vermelho das suas
entranhas, sim porque o lobo entretanto também acabou por comer a capuchinho
depois de lhe responder para que tinha uma boca tão grande, o enche de pedras,
o cose como o melhor dos cirurgiões plásticos e, ainda por cima, não contente
com todo o cenário que faz de Dante um menino coro, o atira a um poço, não se
importando com a putrefacção e a contaminação das águas. Alguém pode com uma
história destas?
Esta criação europeia, radica da cabeça de algum atrasado mental, a viver isolado
do mundo, em algum lugar acima dos 5 mil metros de altura, onde nem as plantas
são capazes de crescer, e em que a falta de ar lhe afectou seriamente a
capacidade para os seus lentos neurónios criarem sinapses, isto para não
elaborar em demasia, elaborando, poderia ir muito mais longe dizendo que o
coitado deve ter sido violentado por um lobo, mau.
Se a história da capuchinho vermelho provoca pesadelos irreversíveis, a
medonha história da carochinha e do João ratão estende-os a vitalícios, como as
subvenções dos políticos. Então não é que o João Ratão casa por interesse com a
carochinha que acabara de encontrar cinco réis enquanto varria a cozinha e,
depois de terem alguns dias a dois aparentemente felizes, ao som da bonita voz
do JR, rematam este jogo de interesses metendo o JR no caldeirão, dando à sopa
um gostinho do caldo verde português que leva sempre um pouco de toucinho. Mas
a que propósito?!
Haja paciência!
Que as educadoras de
infância se livrem de contarem histórias da carochinha a sobrinhos meus!
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