sábado, 10 de agosto de 2013

As histórias da carochinha



As histórias do Capuchinho Vermelho e da Carochinha mais o seu João Ratão são as coisas mais horríveis que podem ser contadas a uma criança. Ambas são a prova de um distúrbio mental globalizado, um erro que acabou por vingar na evolução por tentativa erro desta nossa sociedade, como uma má formação pode vingar na história da seleção natural.

Por exemplo, no capuchinho vermelho, pior do que o seu começo, onde o coitado do lobo mau tem de comer uma avozinha, está o desfecho da aberrante curta metragem, em que o caçador não só mata o lobo como lhe abre a barriga, qual Jack... o estripador, tira a avó e a capuchinho vermelho das suas entranhas, sim porque o lobo entretanto também acabou por comer a capuchinho depois de lhe responder para que tinha uma boca tão grande, o enche de pedras, o cose como o melhor dos cirurgiões plásticos e, ainda por cima, não contente com todo o cenário que faz de Dante um menino coro, o atira a um poço, não se importando com a putrefacção e a contaminação das águas. Alguém pode com uma história destas?

Esta criação europeia, radica da cabeça de algum atrasado mental, a viver isolado do mundo, em algum lugar acima dos 5 mil metros de altura, onde nem as plantas são capazes de crescer, e em que a falta de ar lhe afectou seriamente a capacidade para os seus lentos neurónios criarem sinapses, isto para não elaborar em demasia, elaborando, poderia ir muito mais longe dizendo que o coitado deve ter sido violentado por um lobo, mau.

Se a história da capuchinho vermelho provoca pesadelos irreversíveis, a medonha história da carochinha e do João ratão estende-os a vitalícios, como as subvenções dos políticos. Então não é que o João Ratão casa por interesse com a carochinha que acabara de encontrar cinco réis enquanto varria a cozinha e, depois de terem alguns dias a dois aparentemente felizes, ao som da bonita voz do JR, rematam este jogo de interesses metendo o JR no caldeirão, dando à sopa um gostinho do caldo verde português que leva sempre um pouco de toucinho. Mas a que propósito?!

Haja paciência!

Que as educadoras de infância se livrem de contarem histórias da carochinha a sobrinhos meus!

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