domingo, 18 de outubro de 2009

Pulseiras de Pandora

Depois das pulseiras da nossa senhora do Bonfim, transportadas com amor do Brasil, por maridos e namorados apaixonados, para com elas trazerem sorte às suas damas que se quedaram por Portugal, materializada na realização de três, apenas três, desejos; Das pulseiras parapsicológicas, que curam toda a espécie de maleitas, de cirroses a dores de coluna, das hemorróides aos joanetes, aquelas em metal com umas esferas na ponta para melhor captarem as ondas hertzianas vindas de outros planetas; Das pulseiras de cores berrantes, em borracha, que lutam contra toda a espécie de injustiça social, Aparecem as pulseiras de Pandora a primeira maior estupidez em termos de adornos de pulsos.


Se as outras pulseiras tentam estupidificar quem tem de conviver e de ouvir as histórias dos seus portadores, as pulseiras de Pandora comprovam a estupidez de quem as usa.

Ora vamos lá ver: A pulseira de Pandora é bonita? Não! A pulseira cura alguma doença, física ou social? Não! A pulseira permite realizar mais desejos que a pulseira do Bonfim? Também não! Então a pulseira de Pandora é apenas cara ainda que paga em prestações de 25 euros por cada miniatura idiota que lá se coloque. Comprar uma pulseira em prestações que toda a gente parece começar a usar e que nem da porra de uns meros calos consegue tratar é pura estupidez ou, como os meus pais costumam dizer quando chego a casa com algum artigo caro, é não ter mais o que fazer ao dinheiro. É a versão que os meus pais usam para me chamarem de estúpido por outras estupidezes mais leves que, às vezes, e por descuido, venho a cometer. A pulseira de Pandora é a maior estupidez.

1 comentário:

R. disse...

Oferece lá a Pandora (na minha versão... a "pandorca") a quem ta pediu como prenda... e de preferência já cheia de pendoricalhos... se isso a faz feliz!! :p