quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Mas...

Mas, essa coisa do amor, esse nó na garganta, essa falta de ar, esse chorar, só do pensar que somos as pessoas mais infelizes do mundo, da fatalidade, esse andar de coração a querer explodir nas mãos para todos os lados, depois... depois torna-se num vício. E passamos a vida a morrer de amores. Passamos a querer estar apaixonados todos os dias para podermos sentir a falta de ar os dias todos. A falta de ar passa a fazer falta. Um dia sem uma fatalidade de amor torna-se num dia incrivelmente estranho e estranhamente perdido. E, então, quando tudo está calmo, incluindo o ar ou amor, ficamos ansiosos porque tudo, incluindo o ar ou o amor, está calmo. E é uma loucura. Pensamos que morremos aos poucos mas estamos a viver tudo e em tão pouco tempo. E queremos mais. E mais e mais e mais, embora acabemos sempre a dizer que desta vez será mesmo a última. Por isso é que a vivemos no limite. Vivemo-la como se fosse realmente a última. Essa coisa do amor é uma droga!

1 comentário:

Anónimo disse...

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.

Friedrich Nietzsche